sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

ADEUS A UM GENTLEMAN



A Confraria da Amizade sofreu uma respeitável baixa: Faleceu o nosso amigo e querido Confrade Maurício Gomes (Baíto”).

Era o nosso "Nelson Mandela". Risonho e diplomata, conversa macia, eram as suas características principais.

Na juventude foi um bom jogador de futebol. Em nossas brincadeiras na Confraria, ele era referido como Valdir Pereira, “o Didi”, que marcou época no Fluminense, no Botafogo e na Seleção Brasileira.

Ele tinha uma religião diferente: Era humanista, pois praticava o culto e a dedicação aos amigos. 

Seu sorriso era cativante e fazia grande sucesso com as mulheres, motivo de inveja de seus amigos.

A calma e a elegância eram seu estado natural; até para tomar uma pequena xícara de café, ele era elegante.

“Baíto”, como era conhecido entre os amigos, atuava no setor imobiliário da Capital, e atendia com dedicação e competência a sua clientela.

Foi, para todos os amigos, uma dura queda, principalmente porque aparentava gozar de boa saúde.

Agora, resta relembrar com saudade as palavras de Che: “Ele viveu sem perder a ternura, jamais!”.

Lamentamos esta perda e pedimos a Deus que reserve um bom lugar para ele, que na Terra foi um praticante do bem.

Aos seus familiares, enviamos as nossas condolências e esperamos encontrá-lo na Ressurreição.

Saudades dos amigos da Confraria da Amizade:

Edmundo Rodrigues;

Esdras Carvalho;

Gino Morelli;

Givaldo Soares;

José Ferreira Campos;

Lenilson Carvalho;

Marcos Paiva da Rocha;

Mário Galvão;

Marivaldo dos Santos;

Múcio Procópio;

Murilo Barros;

Nelson João Silva;

Nilson Murilo Pinto;

Rubens Azevedo

Valdir Cardoso.

e

Givaldo Soares


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A TRAJETÓRIA DE UMA TURMA ESPECIAL.



1964: Um golpe militar derrubou a democracia e o Brasil entrou em crise!
No mundo ainda repercutia o assassinato do presidente Kennedy.

Neste cenário, prestamos vestibular para Odontologia, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Uma turma gigante, com mais de 60 alunos. Denominada pelo Professor Aldo da Fonseca Tinoco, turma “Belém-Brasília”.

O prédio da Rua Salgado Filho estava em fase de conclusão. Foi difícil acomodar tantos alunos naquela situação. Os professores pertenciam à elite da Odontologia do RN.

Ali estava a figura de Dr. José Cavalcante de Melo, que foi o grande comandante no início da Faculdade de Odontologia. Sempre elegante com seu jaleco branco, ao seu lado, Odilon de Amorim Garcia e Clemente Galvão Neto, formando uma Santíssima Trindade, responsável pela montagem de toda a estrutura da Odontologia do nosso Estado, tornando-a uma das melhores do Brasil.

Merecem também destaque:
- Prof. Rosalvo Pinheiro Galvão, o “pequeno gigante”, que montou a Disciplina de Prótese e organizou uma equipe de professores de alto nível;

- Prof. Solon Galvão Filho, que deu uma nova visão à nossa profissão quando criou a Disciplina de Gnatofisiologia Clínica, como o profeta Moisés, anunciando a boa nova.

Não há como esquecer os conhecimentos do Professor José Nunes Cabral em Anatomia e sua irreverência. E também os Professores Melquíades de Sousa, Joaquim Guilherme, Pedro Lopes Cardoso e Alberto Moreira Campos, figuras exponenciais.

Uma pena não poder falar sobre todos os Professores, resta apenas  agradecer-lhes!!!








 (Fotos da comemoração dos 45 anos)

Agora a turma estará reunida para comemoração dos 46 anos de formatura: 
Um momento de reflexão, alegria e saudade.

A reflexão vem da pergunta: O que realizamos em nossa profissão?
O saldo é positivo, cumprimos o nosso dever! 

A alegria vem do reencontro, de abraçar os amigos e colegas, já com os cabelos brancos, e a saudade dos que, atendendo a um chamado de Deus, foram para um outro plano. Mas, nunca os esqueceremos. Eles estão presentes na nossa festa, espiritualmente.

Um registro e agradecimento especial: À Marluce e a José Barretos Medeiros, que organizam a nossa festa desde o 1º ano de formado até hoje.

Muitos de nossos colegas se dedicaram ao magistério, outros ao serviço público e à clinica particular, um fato relevante que mostra o espírito de classe e a responsabilidade social de nossa turma.

Três exemplos: A criação do Sindicato dos Odontologistas do Rio Grande do Norte e da Cooperativa dos Cirurgiões Dentistas do RN - Uniodonto, iniciativa do nosso colega de turma Luís de Vasconcelos Leite. Hoje o Sindicato e a Cooperativa defendem o mercado de trabalho e prestam um grande serviço à classe odontológica e à Sociedade.

Outra iniciativa, modéstia à parte, foi a sugestão deste escriba:  A criação da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da ABO/RN, que ocorreu na gestão do Professor Jeno Tinôco, em 1979, com a doação de uma cadeira odontológica, feita pelo Prof. Solon Galvão Filho; um equipo  doado por  Nelson  João Silva; um aparelho radiográfico, doado pelo Professor Jeno Tinôco.

A Escola de Aperfeiçoamento Profissional (EAP) foi inaugurada com o curso de Dentística Restauradora, ministrado pelos Professores Fernando Dantas de Rezende e Danilo Damásio de saudosas memórias.

Agora vamos completar no dia 14 de Dezembro 46 anos de formados.  Não podemos esquecer dos nossos colegas que foram convocados por Deus:

1 - Cícero Figueiredo de M. Sobrinho;
2 - Cleide Miriam de Oliveira;
3 - Edvaldo Camilo da Silva;
4 - Elzenir Bezerra Peixoto;
5 - Joaquim Francisco de Assis;
6 - José Augusto da Silva Filho;
7 - Marco Aurélio Gonzaga de Souza;
8 - Maria da Salete Batista Teixeira;
9 - Maria Laile dos Santos;
10 - Raimunda Maria da Silva.

E nos resta neste momento de alegria agradecer a Deus e repetir o apóstolo São Paulo: 
 “Combatemos o bom combate e não perdemos a fé!”.

Givaldo Soares

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A Classe Odontológica do RN está de luto!




A Odontologia sofreu um duro golpe!
 
Faleceu o Dr. Fernando Dantas de Rezende, o amigo, o íntimo, o irmão.

Com ele desapareceu uma das mais importantes figuras da fase de ouro da Odontologia do Rio Grande do Norte.

Ele pertenceu a uma geração que não poupou esforços para trabalhar pela grandeza da profissão odontológica.

Por um dever de justiça, podemos citar: José Cavalcante de Melo; Odilon de Amorim Garcia; Clemente Galvão Neto; Sólon Galvão Filho; Pedro Lopes Cardoso Neto; Joaquim Guilherme e Alberto Moreira Campos.

De certo modo, eles tiveram participação na criação da Faculdade de Odontologia, do Conselho Regional de Odontologia e da Academia Norte-Rio-Grandense de Odontologia, além de serem responsáveis pelo intercâmbio da Odontologia do nosso Estado com a Odontologia de São Paulo, o que nos colocou em posição de destaque em todo o Nordeste.

Ele concluiu seu curso de Odontologia na 1ª turma, em 1951. Com espírito coletivo, ele reunia os colegas em sua residência para estudar. Não sendo fácil na época, adquiriu informações em livros didáticos, científicos, organizava as próprias apostilas e as distribuía aos seus colegas.

Assim era Fernando Rezende! Um gentleman, um exemplo de cidadão!

Em 1953, assumiu a Presidência da Associação Brasileira de Odontologia, Seção RN, fazendo uma boa gestão. Na sua administração, deu início às Semanas Odontológicas, depois exerceu a Secretaria da mesma instituição, durante 46 anos. Um raríssimo exemplo de dedicação!

Sonhava ser Engenheiro ou Militar e terminou Dentista: O Exército perdeu um comandante, mas a Odontologia ganhou um sábio.

Conheci Fernando Rezende quando cheguei a Natal para trabalhar em Prótese no Laboratório Galvão, em 1955. Nessa época, ele se dedicava ao Banco do Brasil, do qual foi alto funcionário.               

Na Odontologia, exerceu a Dentística e a Prótese, a qual exerceu por pouco tempo, pois o seu protético favorito, Nelson João Silva, ao terminar seu Curso de Odontologia, resolveu deixar a profissão de protético, então Rezende deixou de fazer Prótese e este gesto mostra sua grandeza.

Tinha uma grande admiração pelo Exército, pois foi ex-combatente,  mas o exercício da profissão para ele era um sacerdócio.

Aos sábados, na sede da Associação Brasileira de Odontologia, na Rua Felipe Camarão, reunia-se um grupo de Dentistas para um bom papo e uma cerveja gelada. 
Lá estavam sempre: Rezende; Paulo Duarte, Max Azevedo, Joaquim Guilherme, Eduardo Seabra, Lenilson Carvalho, Laerte Barros e o “escriba”, que vos fala. O tira gosto era feito pelo Professor Morelli, que caprichava bastante... 
Nesse momento, Rezende mostrava todo o seu equilíbrio, pois não passava de dois uísques, mantendo sempre a sobriedade.

Um drama em sua família: Seu pai, perseguido pela Revolução de 1930, foi obrigado a sair de Natal, foi morar em Fortaleza e depois no Rio de Janeiro. Na volta à nossa cidade, Rezende concluiu seu secundário e trabalhou na Base Aérea de Parnamirim, na época dos Americanos.

Era admirador da cultura americana, por sua eficiência e dedicação ao trabalho, e cultuava o cinema, um dos seus passatempos prediletos.

Um sonho não realizado: Ser professor. O DASP entendeu que ele não podia acumular, sendo também funcionário do Banco do Brasil. 
Este sonho ele realizou apenas uma vez, quando foi convidado para ministrar um curso de Dentística Restauradora na inauguração da Escola de Aperfeiçoamento Profissional, em 1979, juntamente com o Professor Danilo Damásio.

Fernando Dantas de Rezende, você foi um grande pai, um grande amigo e um grande cidadão!

Receba o reconhecimento de seus amigos e da classe odontológica

Givaldo Soares

sábado, 16 de novembro de 2013

ÉTICA DO LIVRO: 13 MANDAMENTOS



(*)

JUSTIFICATIVA: Emprestar um livro é, antes de tudo, um ato de desprendimento. Quem empresta uma obra literária, um volume de filosofia ou técnico, uma peça ou um ensaio de divulgação científica está ajudando a difundir o conhecimento ou, ao menos, divertindo alguém.   Contudo, nem sempre a recíproca é verdadeira.
Muitas vezes quem pega emprestado não respeita o voto de confiança que recebeu.               É extremamente comum que livros emprestados não retornem ou, o que pode ser até pior, retornem deformados - de emprestado para imprestável.
Há quem não se importe, mas, para os amantes da cultura, a situação é de calamidade pública. É preciso que se difunda uma ética do livro que estabeleça a etiqueta da relação entre aquele que empresta e aquele que pega emprestado.
Lembrando que a comunidade dos letrados é uma verdadeira roda-vida, um círculo do livro em sentido lato: quem empresta hoje pega emprestado amanhã.
Tentando contribuir, apresento abaixo uma sugestão do que pode ser essa ética - válida também para CD’s, DVD’s, HQ's, revistas e congêneres:
1 — Se pegou emprestado, devolva;
2 — Trate o livro alheio como gostaria que o seu fosse tratado. Não rasure, suje ou rasgue;
3 — Só pegue emprestado se for mesmo ler. Não jogue em um canto ou coloque em uma fila;
4 — Se perdeu, compre outro e devolva;
5 — Se pegou por impulso e sabe que não vai ler, devolva;
6 — Se vai pegar sucessivamente emprestado, está na hora de comprar seu próprio exemplar;
7 — Se for uma ferramenta de trabalho, seja rápido;
8 — Não pegue sucessivamente emprestados livros da mesma pessoa, sem devolver os anteriores;
9 — Não constranja seu próximo pedindo emprestados livros raros ou com valor sentimental;
10 — Não empreste livros que pegou emprestado;
11 — Demorar para devolver é o mesmo que não devolver;
12 — Esquecer de devolver é o mesmo que surrupiar;
13 — Não misture livros emprestados com seus livros.

(*) - Por Ademir Luiz - Fonte: Revista Bula